Bob no alto do pódio em Foz do Iguaçú e de tênis novo no pé. (crédito: Globe Brasil)
Depois de vencer ontem a competição da modalidade big air no Xgames de Foz do Iguaçú, o octacampeão de skate vertical Bob Burnquist foi anunciado pela Globe como o mais novo integrante de seu time.
Bob Burnquist Dreamland - A Backyard Progression (crédito: Oakley)
Quem acompanha a carreira de Bob Burnquist sabe que não existem limites capazes de parar o grande nome do Vertical Mundial, e quando o assunto é Mega Rampa Bob se torna cada vez mais lendário na modalidade vertical mais cara do mundo.
O nível apresentado por bob no vídeo Bob Burnquist´s Dreamland - A Backyard Progression é assustador, rails grinds de tudo quanto é jeito, flips e grabs com giros intermináveis e até manobras realizadas em um helicóptero toma conta da adrenalina dispersada por esse filme.
Pista é chamada de Skatódromo - analogia criada na década de 70 - Imagem: divulgação
A primeira pista de skate do Brasil e também da América Latina, que entra para o RankBrasil, fica na praça Ricardo Xavier da Silveira, em Nova Iguaçu - RJ e foi inaugurada em 04 de dezembro de 1976.
Chamada de Skatódromo – analogia criada na década de 70 – a pista consiste em duas grandes bacias formando um L. O projeto foi criado pelo desenhista e skatista Sérgio Alexandre e pelo engenheiro Henrique Reina. A pista recordista de Nova Iguaçu ainda existe e é patrimônio histórico do skate nacional. Antes mesmo da inauguração do local, o país realizou o primeiro campeonato de skate, que aconteceu em 1974, no Clube Federal do Rio de Janeiro.
No Brasil, o skate chegou na década de 60, através de surfistas norte-americanos, que conheceram o esporte radical nos Estados Unidos e levaram a novidade ao resto do mundo. Os primeiros skates brasileiros eram feitos com rodinhas de patins ou de ferro: eram os famosos rolimãs, adaptados em pedaços de madeira. O skate teve sua maior evolução no Brasil na década de 90, não só em termos de mercado, mas também em crescimento do número de praticantes, em manobras diversificadas, na organização de campeonatos e na exposição na mídia em geral.
Em 1999, foi criada a Confederação Brasileira de Skate (CBSK) e com isso houve a construção de centenas de pistas de skate pelo país. Na época, uma pesquisa da Data Folha constatou que o Brasil já havia mais de 2,7 milhões de praticantes do esporte. Atualmente, são mais de 300 competidores brasileiros profissionais e cerca de 10 mil nas categorias de base.
No mundo Os primeiros relatos sobre o skate no mundo aconteceram na década de 30, em Los Angeles e no interior dos Estados Unidos. Algumas lojas de brinquedo perceberam que as crianças, quando quebravam a parte de cima do patinete, continuavam brincando só com a parte de baixo, algo bastante parecido com o skate.
O esporte surgiu para o mundo em meados dos anos 60, quando surfistas da Califórnia redescobriram o skate colocando rodinhas de patins em uma madeira que imitava uma prancha. Na época, o mercado de surf em alta ajudou a impulsionar o skate. No ano de 1974, o skate teve sua primeira grande evolução mundial. O engenheiro químico Frank Nashworthy descobriu uma composição chamada uretano, material que deu origem às verdadeiras rodas do brinquedo, consolidando-o como esporte popular.
Skate Considerado um esporte radical, o skate consiste em deslizar sobre o solo e obstáculos. O praticante deve executar manobras especiais, equilibrando-se em uma prancha dotada de quatro pequenas rodas e dois eixos. No Brasil, quem pratica o esporte recebe o nome de skatista.
Após atravessar o Brasil de skate, Marcelo Gervásio pretende cruzar 81 países.
Deixar a casa, a família e os amigos em busca de uma aventura não é mais novidade. Muitas pessoas já abriram mão de muitas coisas para viajar pelo mundo. Já deixaram emprego para sobreviver com pouco. Já deixaram os estudos para aprender na raça. Mas uma coisa que nenhuma dessas pessoas fez foidesbravar o mundo sobre um skate.
Marcelo “Pedal Verde” pretende dar a volta ao mundo sobre seu skate.
Fugindo de todo e qualquer clichê, o carioca Marcelo Gervásio resolveu subir em seu longboard para o primeiro passo de sua aventura: Atravessar o Brasil de skate. O skatista cinquentão atravessou 23 estados do nosso país, com exceção do Amazonas, Acre, Rondônia e Roraima. Depois disso foi rumo à Patagônia, Argentina.
Sua viagem de skate pelo Brasil foi feita em um carrinho que ele mesmo adaptou para a aventura. A engenhoca ganhou o nome de Agustron em homenagem a mãe do aventureiro, Dna. Augustinha.
E se você acha que o skate Agustron não está apto a realizar tamanha loucura, está enganado. Ele é capaz de comportar tudo que Marcelo precisa, como alimentação, farmácia, ferramentas e shapes extras, por exemplo.
Outra grande novidade é o capacete do skatista. Construído especialmente para a viagem. Além dosretrovisores, ele possui uma placa solar para recarregar a bateria das câmeras e do celular que Marcelo carrega em sua jornada.
A jornada de Marcelo “Pedal Verde” começou para cumprir uma promessa feita após a morte de seu pai. “Pai, vou fazer uma aventura, o maior aventureiro do mundo vai nascer. Vou fazer uma aventura que vai ser digna”, disse o skatista.
Parece que o território brasileiro ainda é pouco para realizar essa promessa. Agora os planos de Marcelo Gervásio são bem maiores, eu diria que eles tomaram proporções mundiais. Em sua passagem pelo Distrito Federal o skatista aproveitou para pedir apoio diplomático para sua próxima aventura: Dar a volta ao mundo sobre um skate.
Seu roteiro conta com mais de 80 países diferentes. Conhecendo novas pessoas, novas culturas e novos horizontes. Que inveja.